quarta-feira, 6 de julho de 2011

Prévias para o grande encontro

Noite Cariri Cangaço na Saraiva marca discussões sobre o papel das volantes 

Aderbal Nogueira e Manoel Severo

 
Aconteceu ontem mais um encontro Cariri Cangaço / GECC na Saraiva do Shopping Iguatemi, em Fortaleza. O encontro teve como ponto alto a exibição do documentário de Paulo Gil Soares, "Memória do Cangaço", quando a partir do vídeo foi provocada uma Mesa de Debates tendo como tema "O papel das volantes no ciclo lampiônico" e dentro do contexto, a figura de um dos mais festejados comandantes de volantes e matador de cangaceiros, José Rufino; um dos protagonistas principais do documentário.

 
Edilson Cláudio, Tomaz e Afrânio Cisne

 
  Leo Kaswiner

 
 Dário Castro Alves

 
O documentário traz importantes depoimentos de remanescentes da "época áurea" do cangaço; dentre esses os cangaceiros, Ângelo Roque e Saracura, Adília, o Doutor Estácio de Lima e o comandante de volantes Zé Rufino. Ao final da exibição tivemos a Mesa de Debates que foi conduzida pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo e teve ainda como debatedores, Aderbal Nogueira, Alfredo Bonessi e Pedro Luiz.

Dentre as reflexões provocados pelos participantes estavam o papel das volantes na época do cangaço, a questão da autoridade, da justiça e da ausência da justiça, do poder político e suas ingerências e reflexos dentro do universo de causas do próprio fenômeno do cangaço.

 
 Lapa Carabajal e Cel. Liberato de Carvalho
 

Dr Pedro Luiz

 
"Quando Lampião via que estava brigando com Zé Rufino, sabia que era duro, Rufino ia até o fim, brigava quase em cima dos cangaceiros" Ex cangaceiro Vinte e Cinco em depoimento para Aderbal Nogueira.


 
 Alfredo Bonessi

 
Outra grande discussão provocada a partir de algumas considerações do Comendador Mariano, estavam ligadas a questão da ausência do Estado e da justiça junto às sociedades rurais do início do século, ausência essa que pode ter sido determinante para a propagação do movimento armado do cangaço.

Já Aderbal Nogueira enfatizou o papel das forças volantes que apesar de algumas distorções e exageros, estava cumprindo o papel da lei e buscando de alguma forma eliminar o cangaço, quando despontavam personagens de valor como Odilon e Manoel Flor, Manoel Neto, Arlindo Rocha, Ten Gino, o próprio Zé Rufino, João Gomes de Lira, dentre muitos outros valorosos soldados de volantes.

Ao final ficou marcado novo encontro para a primeira terça-feira de Agosto, com a apresentação de outro Documentário seguido de Mesa de Debates.

Pesquei no: Sitio do Coroné Severo


2 comentários:

Anônimo disse...

Tenho observado a distância, graças à divulgação do Cariri Cangaço, Lampião Aceso (blogs) e do relato de amigos, que o trabalho do GECC vem ocupando um espaço importante nas pesquisas e no debate sobre o cangaço, causas e conseqüências. Estou certo que assim como eu que estou dois mil quilômetros distante de Fortaleza, outros diletantes do assunto adorariam poder assistir ou mesmo participar de alguns encontros abertos a convidados que pudessem acessar via internet. O grupo também poderia convidar palestrantes de outros estados, países, a expor suas idéias usando, por exemplo, uma chamada em vídeo-conferência via Skype. Fica minha sugestão e estimulo para o desenvolvimento do GECC.
Parabéns ao grupo pela organização e desejo todo sucesso aos amigos cearenses.

C Eduardo.

ADERBAL NOGUEIRA disse...

Grande ideia, Carlos.
Vou falar com nosso Timoneiro Severo para tentarmos por em prática a ideia.
Valeu.
Aderbal Nogueira